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G1 ao G3

A Educação Infantil pensada para a primeiríssima infância estrutura-se a partir do respeito aos tempos e aos ritmos do bebê e da criança, que, por ser um recém-chegado ao mundo, precisa do apoio da família e da escola para integrar sensações e percepções e, dessa forma, sentir-se seguro. Nesse sentido, cuidar e educar são ações indissociáveis, pois o tempo da Educação Infantil está permeado por um cuidado que não se separa da educação.

A criança pequena não é um vazio a partir do qual se fabrica uma pessoa. Desde sua chegada, o bebê merece ser tratado como um sujeito de direitos, capaz de expressar-se de forma progressiva e que precisa de cuidado e de afeto. Também deve ser visto como um ser pleno em sua capacidade intelectual, pois, mesmo antes de deslocar-se, o bebê investiga os cheiros e gostos do que lhe é oferecido. É por meio de um processo investigativo que é capaz de reconhecer a prosódia de seus adultos de referência e de reagir a ela.

 

Nos grupos G1, G2 e G3, a vida na escola organiza-se a partir do cotidiano, e o currículo é pensado para garantir o acolhimento e o desenvolvimento criativo de bebês e crianças pequenas, enfatizando os momentos de cuidado, a alimentação, o vínculo, a brincadeira e o movimento livre.

Projeto Pedagógico

Pilares: o brincar, o cuidar e as linguagens

Nosso currículo estrutura-se a partir de três pilares: o brincar, o cuidar e as linguagens. Ele visa a proporcionar experiências significativas e, ao mesmo tempo, zelar pelo bem-estar dos bebês e das crianças no seu dia a dia. É a base de uma escola viva e instigante que promove convivência, aprendizagens e encontros com os objetos da cultura.

Não se trata de conteúdos que precisamos alcançar, mas de viver cotidiano como elemento chave da primeira infância, como se fosse uma espécie de pedagogia do cotidiano.

Nesse sentido, fazer sozinho, enfrentando as vicissitudes que se apresentam no caminho, sem que o adulto lhe proponha atalhos, é crucial para que bebês e crianças se sintam capazes de aprender e de superar obstáculos. Nesse processo, a presença consciente e a intervenção do adulto são fundamentais, pois, como nos diz Emmi Pikler, autonomia não é abandono.

Crianças pequenas aprendem por meio das experiências e daquilo que observam os adultos fazerem. Elas assumem uma posição investigativa que atravessa tudo o que fazem.
Vanessa Ferraresi
Orientadora Educacional

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Brincar

O brincar está presente desde muito cedo. Nos primeiros meses, acontece pela experiência sensorial do bebê, que percebe o mundo primeiro pelo paladar, pelo olfato e pelo toque, em seguida, pelos sentidos distais – a audição, a visão – e, por fim, pelo sentido vestibular, com o qual desenvolverá o equilíbrio. Com o passar do tempo, o brincar sensorial vai tornando-se mais complexo e ganhando novas camadas simbólicas, que permitem ao bebê e à criança evocar o que está ausente, imaginar, criar e, futuramente, assumir diferentes papéis na interação com seus pares...

Cuidar

As mãos que cuidam devem ser gentis, atentas, pacientes, asseguradoras e firmes, já apontava Emmi Pikler em seus escritos, pois é através delas que apresentamos o mundo e realizamos seus cuidados cotidianos.

O cuidado é, durante a vida toda, uma forma de estabelecer relação, mas, quando falamos das crianças pequenas, a atenção durante as refeições e as trocas de fraldas ou as de roupa são experiências pelas quais apresentamos o mundo ao mesmo tempo em que nos apresentamos. A atenção e a amabilidade nos gestos são o testemunho do respeito ao corpo...

Linguagens

Na primeira infância, a complexidade está relacionada ao fato de reconhecer que as linguagens estão presentes nos mais diferentes contextos e que se inter-relacionam formando uma rede de saberes e aprendizagens. Nessa direção, pensamos a escola como um grande atelier que potencializa e instiga a posição investigativa da criança e nos permite conceber o ambiente como um organismo vivo, como um local de relacionamentos compartilhados e como uma comunidade de aprendizagem.
Como nos diz Alfredo Hoyuelos, professor e pesquisador da Universidade de Navarra...

Jornadas Pedagógicas

Acompanhe a jornada dos nossos educadores na busca de inspirações para o projeto pedagógico do G1 ao G3.

A formação contínua dos educadores é um aspecto bastante relevante para o Colégio Santa Cruz que promove, sistematicamente, oportunidades diversas de aprimoramento profissional.

Viagens Pedagógicas

No contexto da expansão da Educação Infantil do colégio, educadoras da equipe realizaram três viagens: Barcelona, em outubro de 2022, Paris, em abril de 2023 e norte da Itália, em maio de 2023. “As viagens pedagógicas são momentos de estudo que nos permitem usar lentes novas para enxergar além do cotidiano da escola. Isso porque é no intercâmbio com outros educadores que a troca de experiências acontece”, explica Andrea Frigo, orientadora educacional da Educação Infantil.

Barcelona (Espanha)

Em outubro de 2022, as educadoras Vanessa Ferrarezi, orientadora educacional, e Carolina Gil, especialista em tecnologias educacionais do Núcleo de Educação Digital (NED), viajaram para Barcelona, na Espanha. Elas visitaram centros públicos e particulares e também a Universidade de Vic, que tem instalações específicas para a Licenciatura em Educação Infantil, da Faculdade de Educação, Tradução, Desporto e Psicologia. Lá, tiveram a oportunidade de visitar a sala de aula Teresa Buscart, um espaço de formação inicial e permanente, de reflexão teórica e prática pedagógica, de investigação, inovação e experimentação. É um espaço organizado com materiais de qualidade para diferentes finalidades educativas para o trabalho das equipes de docentes da licenciatura em Pedagogia da Educação Infantil. Um recurso pedagógico que permite, entre outras coisas, visualizar e construir cenários, realizar atividades de reflexão e simulação e mostrar boas práticas. Essas boas práticas foram observadas pelas educadoras nos centros de educação da primeira infância que visitaram. Espaços educativos seguros e adequados para a faixa-etária, que promovem a autonomia das crianças e que permitem que elas descubram suas próprias capacidades.

Regio Emilia (Itália)

As educadoras Andrea Frigo, orientadora educacional, e Lucia Magalhães, coordenadora pedagógica, foram conhecer escolas municipais na região de Regio Emilia, no norte da Itália, em maio de 2023. A abordagem Regio Emilia é uma filosofia educacional que surgiu em 1947, em um vilarejo do norte da Itália destruído pelos bombardeios da Segunda Guerra Mundial. A comunidade local se uniu para reconstruir a escola. O pedagogo Loris Malaguzzi (1920-1994) ficou sabendo da iniciativa e se juntou. Ele tinha como referenciais teóricos os trabalhos de educadores como Jean Piaget (1896-1980) e Maria Montessori (1870-1952), que o levaram a desenvolver uma abordagem que coloca a criança no centro do processo pedagógico. “Uma das oportunidades que essa viagem nos trouxe foi ver a escola antes de tudo como um microcosmo, um ecossistema onde os vários contextos se colocam em relação. Relação entre pessoas, materiais e múltiplas linguagens. Quando você cuida de preparar um contexto de aprendizagem, a vida comunitária que engloba crianças e adultos, sejam esses adultos educadores ou familiares, é um microcosmo em interação com a comunidade maior em que ela se insere. É a escola olhando para a cidade e a cidade olhando para a escola”, conta Lúcia Magalhães.

Paris (França)

Em abril de 2023, Beatriz Gouveia, diretora da Educação Infantil, e Vanessa Ferrarezi, orientadora educacional viajaram para Paris, para conhecer o Instituto Pikler Lóczi e fazer uma formação de uma semana sobre motricidade livre. O instituto foi fundado em 1984 por psicólogos, psicanalistas e pediatras, pessoas especializadas e com muita vontade de pensar a primeiríssima infância. “O objetivo desse instituto é aprofundar os estudos sobre o bebê e a criança pequena e consolidar a ideia de que eles participam ativamente do seu próprio desenvolvimento e também das suas interações com os adultos, com os outros pares e com o meio ambiente”, conta Vanessa.

Sabemos atualmente que residem na escola para a primeiríssima infância saberes que podem iluminar o currículo de todos os segmentos. Temos afirmado, assim, o compromisso de nos renovarmos sempre, ao mesmo tempo que mantemos os princípios identitários do colégio. Que cheguem os pequenos e as pequenas e sejam muito bem-vindos. 
Debora Vaz
Diretora Pedagógica

Espaço

O sentimento de segurança é fundamental para que as crianças possam explorar, pesquisar e aprender.

A pedagogia e o ambiente acontecem em um processo de escuta mútua. Os ambientes são vivos e atentos às inteligências próprias das crianças, desde o seu nascimento. Buscamos, a partir de um ambiente acolhedor, diverso, intencionalmente preparado, despertar em cada uma o interesse pelo comum, alargar o campo de experiências e desenvolver o senso de beleza.

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Alimentação

Comer é mais do que somente fonte de nutrição e de saúde física, é uma ocasião de encontro, que preserva as escolhas e as tradições, pois todo grupo social tem seu jeito próprio de fazer as refeições, que é transmitido às novas gerações.
Também é um tempo de construção de memórias afetivas que nos acompanham ao longo da vida; quem não tem na lembrança o aroma da comida da infância?

É crucial que a criança descubra por si mesma tanto quanto possível. Se a ajudarmos a finalizar cada tarefa, estamos privando-a do mais importante aspecto do seu desenvolvimento. Uma criança que consegue as coisas por meio da experimentação independente adquire um tipo de conhecimento completamente diferente daquela criança para a qual são oferecidas soluções prontas.
Emmi Pikler

Equipe

Diretora

Beatriz Gouveia

Coordenadoras Pedagógicas

Regina Izzo Fusco - G1 ao G3 
Lúcia Mesquita de Magalhães- G3

Orientadora Educacional

Vanessa Ferraresi

Corpo Docente

Professores do G3


Sala Branca

Viviana Cukier

Marcelo Seabra Manoel (assistente)

Dayanne Cristiny Arantes Nascimento (assistente)

 

Sala Laranja

Talita de Araujo Magalhães 

Livia Guidi de Jesus (assistente)

Professora de áreas especializadas

 

Música

Flora Poppovic - G3

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